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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Meu fluir com o Reiki

"... de tão bela filosofia de vida que é, vemos o Reiki atualmente sendo impiedosamente vendido, comercializado, prostituído, estampado em revistas como uma forma simplória de cura fácil pelas mãos..."




Hoje meu coração irradia gratidão por Juliê Feitosa, ex-colega de trabalho e instrumento cósmico colocado em meu caminho para me conduzir ao que sou hoje, Mestre em Reiki por diversos sistemas e linhagens; me recordo do momento em que adentrando nossa sala ela retira de sua bolsa um crachá do seminário de reiki que acabara de fazer no final de semana, e sem apresentar a face típica de quem acorda na segunda-feira pela manhã cedinho para trabalhar, mas com seu olhar manso e enérgico, me aconselhou a fazer o mesmo; a mesma que outrora fora buscar sua realização espiritual em alguma linha religiosa e em determinado momento de nossa amizade levantou e saiu de um seminário Reiki julgando algo anti-crístico demais para ela. Nunca mais nos vimos; uma boa lição inicial: pessoas desempenham seus papéis em nossa existência e então partem; tão simples. Encantado e já trilhando o caminho do auto-conhecimento a algum tempo, embora jovem, com 18 anos, passei a gastar tudo o que podia e o que não podia com materiais, revistas, apostilas, Cds e claro, os seminários... ah.. os seminários... a cada nível uma descoberta, a cada iniciação um vislumbre mais além, a cada aplicação a sede de querer Servir mais, sim, pois Reiki é Serviço, a si mesmo e ao próximo bem como ao Planeta. Ali, numa pequena sala da minha primeira mestre em Reiki, o cheiro do incenso acalmava minha mente da curiosidade que a afligia no início; as pessoas chegando, formando então um belo círculo, não somente de matéria, mas de energia também... éramos buscadores, cada qual buscando sua maior necessidade no momento; a cura de algum câncer, a busca pela realização espiritual, a busca em auxiliar o outro pelo caminho da cura complementar, enfim, prioridade cada um tem a sua; era esse o meu mundo, finalmente a criança que conversava com gnomos e fadas quando criança e passava horas a contemplar as estrelas acompanhada por seus amigos de longa ditância era ali compreendida em sua forma de encarar a realidade; tão sutil, tão profundo, o reiki entrou e ficou; o que tinha de belo tinha de dolorido no início pois os processos de cura e desobstrução do que tinha que sair doía; chorava; queria... não queria... resistia... então o banho de Energia Cósmica derramava novamente sua Luz e Amor e tudo fluia, levando os resquícios do que já não servia mais; curado de meus males físicos, apaziguado em meu corpo emocional; com o nível da Realização, III-A, o que em mim resistira tanto no misto de aspiração e receio, explodira em horas de mantras e orações, a sede pelo espiritual, pelo contato com o que de Maior nos guia; a abertura dos portais sutis que nos coligam com outras energias e outros mundos.. desde o princípio era tudo tão nítido, tão claro... viera o Mestrado, levar essa dádiva a outros seres, apontar o caminho, eu, mestre tão imperfeito de mim mesmo, sendo a seta para o caminhar do outro... vieram os projetos, desempenharam seus papéis, auxiliaram onde podiam, vieram contatos, amigos, a cada curso e compartilhamento novos companheiros de jornada se aproximavam... seres iguais... irmãos das Estrelas que então se reencontravam e partilhavam da mesma linguagem cósmica; Hoje o Reiki está imerso em meu ser, não preciso mais rabiscar seus símbolos para me conectar ao Oceano de Energia que me cerca, e com meu olhar envio Luz para todo os seres de todos os reinos... faço do dia-a-dia meu ambulatório, assim, gratuito e acessível a todos, para cada coração ferido que chega parte com meus bons votos de paz e harmonia... muito do Reiki se perdeu em nossa civilização atual, sua história já não é mais a mesma e talvez não tenhamos, nós reikianos atuais, o mesmo vigor energético dos mestres do passado, entretanto o amor que nos une na prática é um só...com o tempo vejo alunos saindo do caminho, deixando a auto-aplicação de lado, desencantando eu diria... e como desencantam fácil as pessoas nesse mundo...acredito que o que as move no início de tão fervoroso, vai caindo na rotina de um imposiçaõ de mãos diária, esquecendo a beleza dos seus princípios que jamais devem ser sobrepujados. As críticas emergem, os valores dos seminários são severamente julgados por alguns, absolvidos por outros... e vemos o Reiki no banco das consciências humanas sendo apontado como " é isso, é aquilo, sua história é assim, sua história é essa e não aquela", alguns mestres tem razão, outros são tidos como sem possuí-la, e perde-se o contato com a essência que buscávamos no início; no Ocidente o Reiki passa a ser impiedosamente comercializado, vendido, prostituído; de uma bela filosofia de vida vemos estampado nas revistas a simplória promessa de uma cura fácil!  pretendo retornar aos seminários em breve, reestruturados eu diria, por enquanto, um tempo se faz necessário, para curar o que ainda não fora curado, para curar o que talvez iniciação nenhuma cure, e cujo único mestre seja o tempo; e então, antes de ser o mestre de meus irmãos, estou aprendendo ainda a ser um mestre completo de mim mesmo... meu único desejo na vida atualmente é que em contato com minha aura, todos os seres encontrem seus caminhos e tenham a consciência de corretamente trilhá-lo e que quando estivermos unidos, sejamos Luz onde estivermos!

Aos meus mestres, alunos e futuros iniciandos, gratidão e NAMASTÊ!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Oração e os Centros de Amor.


Existem no planeta locais onde a oração, o silêncio e a religiosidade se expressam
com mais intensidade, sendo considerados verdadeiros pontos de Luz. Por isso,
vibrações superiores podem estar mais presentes, irradiando-se para toda a
humanidade.
São chamados Centros de Amor por serem núcleos de irradiação da energia do
Amor e da Sabedoria.
Nesses lugares, onde a devoção e a oração fluem com pureza de coração e com
simplicidade, a conexão com a Mãe Universal pode acontecer de forma mais direta.
Em tais Centros de Amor, a Mãe Divina expressa Sua Sagrada Energia Feminina
que transforma nossa ainda tão falha condição humana, redimindo-nos e
conduzindo-nos aos pés do Criador.
É Ela quem nos instrui: “Devereis vos converter em servidores firmes, que
difundam a cura, a redenção e a luz irradiada pelos Centros de Amor.
É momento de abrir as portas para que os Centros de Amor aumentem seu raio
de ação.”

Estamos convidados a abrir essas portas por meio da oração. Para que possamos
compreender com o coração, vamos tentar definir o que representa cada um
desses Centros de Amor:
– Minas Gerais, Brasil – Centro de Amor Mirna Jad – Portal que aproxima o
homem à vida divina.
– Salto, Uruguai – Centro de Amor Aurora – Portal que possibilita a aproximação
do homem à cura interior.
– Fátima, Portugal – Centro de Amor Lis – Portal de conexão com a pureza,
estado original e imaculado do ser humano.
– Lourdes, França – Centro de Amor Lysnel – Portal da devoção, energia que
liberta o coração para a manifestação de uma nova vida.
– Medjugorje, Bósnia – Centro de Amor Medjugorje – Portal do Reino da Paz.

A atual situação planetária requer a plena expressão dos Centros de Amor; por isso,
oremos para que cada um desses Centros cumpra seu propósito pela humanidade.
Nesta edição de Sinais de Oração organizamos um trabalho de sintonia com esses cinco
Centros de Amor, norteado pela instrução da Mãe Divina:
“É momento de abrir as portas para que os Centros de Amor aumentem seu raio de ação.”
A cada dia trabalharemos com um Centro de Amor, mas todas as sintonias serão sempre
para o resgate e a redenção das almas, e para ajuda aos seres de todos os reinos neste
intenso processo de transição do planeta.
Como primeira etapa, sugerimos que o trabalho seja realizado por sete dias, ficando a
critério de cada coração orante a possibilidade de repeti-lo.
Para que os ciclos de orações possam ter uma resposta efetiva diante do chamado
da Mãe Divina, o ritmo das orações poderá ser ao despertar, no meio do dia e antes de
adormecer.
O trabalho consiste na repetição consciente e pausada, por 33 vezes, das frases
sugeridas.
O ritmo e a precisão com que pronunciamos cada palavra são instrumentos
para um aprofundamento que, somados à nossa dedicação às orações, formam um
ambiente interior de paz e harmonia.
Com calma e em paz, procuraremos manter essas orações sempre presentes, como
“pano de fundo” na consciência. É o que ocorre espontaneamente com quem muito
amamos. Na verdade, é por amor que oramos e nos unimos a Deus.


1º DIA
União Com O Coração Da Mãe Divina.
Mãe Divina,
abre caminhos,
retira obstáculos
e coloca-nos diante do Criador.


2º DIA
União Com A Devoção Do Centro De Amor Lysnel.
Lysnel,
liberta-nos de nossas experiências,
revela a verdade de nossos corações.
Desperta-nos, Lysnel!
 
3º DIA
União com a Pureza do Centro de Amor Lis.
Lis,
purifica nossos corpos
para que a essência se revele.
Vem, pureza original de Lis!
 
4º DIA
União com a Cura do Centro de Amor Aurora.
Aurora,
manifesta Teu Poder,
cura as almas.
Aurora, dá-nos a redenção!
Sinais de Oração

5º DIA
União Com A Vida Divina Do Centro De Amor Mirna Jad.
Mirna Jad,
acende a chama do espírito.
Mirna Jad, mostra-nos a Vida Divina!


6º DIA
União Com A Paz Do Centro De Amor Medjugorje.
Rainha da Paz,
permite-nos ingressar em Teu Coração,
reino sagrado do Amor e da Proteção.

7º DIA
União Com A Redenção De Cristo.
Cristo,
desce à Terra,
abre-nos as portas
ao Teu Amor Redentor.
O mundo é transformado pelas orações vitoriosas e a Misericórdia Divina desce sobre
todas as consciências

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Voz e Eco da Mãe Divina



       
         A Mãe da Divina Concepção da Trindade começou a transmitir uma mensagem diária para todos os Seus filhos, mensagens que Ela pediu que fossem transmitidas a todos diariamente.
Para tal, a Ordem Graça e Misericórdia organizou um website, no qual poderão encontrar diariamente cada transmissão. Esse site pode ser consultado através do endereço: www.divinamadre.org
Esse lugar de encontro foi denominado A Voz e Eco da Mãe Divina.
O site Vida Orante, cujo endereço é www.vidaorante.org, que todos consultam atualmente, ampliará seu propósito e oferecerá orientações a todas as almas orantes e peregrinos que queiram participar da proposta de oração que a Mãe Divina fez para nós todos.
Vida Orante será o portal missionário que responderá ao chamado de todos os orantes e desse portal se será conduzido ao movimento oficial das aparições.
Esse site conduzirá até os videntes que recebem as mensagens da Mãe Divina, até o Centro de Oração em Aurora (Casa Rendención, Uruguai) e até o Centro de Oração de Mirna Jad (Figueira, Brasil), assim como também até o Centro de Oração em ERKS (Monasterio de la Hermandad, Argentina), que se encontra em construção.
Vida Orante será o porta-voz das transmissões da Mãe Divina e também abrirá um espaço que será dedicado aos peregrinos, a todos aqueles que aspirem a chegar aos Centros de Oração, tanto no Uruguai como no Brasil.
Convidamos vocês a tomarem contato com as mensagens diárias, através das quais a Mãe Divina nos guiará dia a dia.
Lembrando: A Voz e Eco da Mãe Divina: www.divinamadre.org
Vida Orante: www.vidaorante.org

A oração do Pai Nosso: um paralelo entre budismo e cristianismo

A leitura da obra  “A energia da oração”, de Thich Nhat Hanh, tornou meus dias mais inspirados.




A doutrina da Igreja Ortodoxa afirma claramente que todo ser humano tem a natureza divina de Deus e partilha da bondade divina de Deus. É o mesmo conceito budista sobre a nossa natureza de Buda. Ainda que pareçam diferentes, os ensinamentos cristãos e budistas têm muito em comum.

O canto budista "Teu discípulo se inclina com respeito".

Teu discípulo por várias existências, por muitos kalpas,
ficou preso nos obstáculos do carma, ânsia, raiva, arrogância, ignorância, confusão e erros,
e hoje, graças ao conhecimento que tem do Buda, reconhece seus erros
e começa sinceramente outra vez.

Agora, vejamos a oração do Pai Nosso, uma oração bem conhecida na tradição cristã:

Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal


Se olharmos em maior profundidade, veremos que com esta oração estamos praticando também o estar em contato com a dimensão última. O que estamos procurando? Estamos procurando algo muito grande. Não estamos pedindo a Deus para que o sol brilhe no dia de nosso piquenique. Não estamos pedindo coisinhas, estamos pedindo o reinado de Deus. Nosso primeiro objetivo na oração é o reino de Deus. Vamos examinar cada um dos incisos desta oração.

Pai nosso que estais nos céus.

Nos céus significa "não no mundo histórico e fenomênico. Ainda que Deus esteja em todas as coisas, não podemos compará-lo com as criaturas que vivem sobre a terra, assim como não podemos comparar a água do mar com a onda, porque uma é a natureza última e a outra é o fenômeno. Podemos comparar uma onda com a outra, mas não podemos comparar a água com a onda. Ele é a natureza última, e não há palavras para nomeá-lo ou descrevê-lo. Podemos chamá-lo de Deus, de Alá, o criador, mas são apenas maneiras de chamá-la. Todas essas expressões e idéias são a nossa tentativa infrutífera de definir Deus. Por isso, quer digamos Deus, Dieu (francês), God (inglês), Thuong De (vietnamita), ou Alá, tudo não passa de nomes, e esses nomes não são fortes o suficiente para conter a realidade maravilhosa que é a dimensão última.

Deus não precisa ser famoso na sociedade humana, como um astro de cinema ou um presidente. Deus não é um saquinho de amendoim a ser disputado. E Deus não quer competir conosco para ser mais famoso do que nós. Para estar em contato com a realidade maravilhosa da dimensão última, temos de ir para além do nome, e só então poderemos encontrar sua verdadeira natureza sagrada. O sutra do Caminho da Virtude diz: "O caminho que ainda pode ser discutido não é ainda o verdadeiro caminho eterno. O nome que pode ser chamado não é ainda o verdadeiro nome eterno".

Santificado seja o vosso nome.

Isto se refere ao tipo de nome, ao nome que não pode ser dito, que não pode ser expresso, sobre o qual não se pode deliberar, não se pode falar, e este é o Deus de verdade.

Venha a nós o vosso reino

A palavra "reino", que empregamos na expressão "o reino de Deus", o reino que Deus Pai preside, é tradução da palavra grega basileia, que tem três significados diferentes. O primeiro é "domínio" ou os "domínios", ou seja, o território sobre o qual Deus governa ou exerce seu reinado. O primeiro sentido é do ponto de vista do sinal. O segundo sentido é "real". Significa a natureza do domínio, sua "reinidade". Este domínio tem a natureza da felicidade, da eternidade, da paz e da alegria. Real é a natureza, e domínio é o sinal. Reino é o sinal e "reinidade" é a natureza. A natureza é nirvana, o sinal é o sinal do não-nascimento da não-morte.

Nisto temos as duas coisas: o sinal e a natureza. O terceiro sentido é "reinado", o ato de reinar, que é a maneira como o domínio e a vida neste domínio podem ser descritos. O domínio pertence à ação. Por isso o domínio pertence à dimensão histórica, a realeza pertence à dimensão última e reinado pertence à dimensão da ação.

A dimensão última é o fundamento do ser. A dimensão histórica é o reino de Deus, ou o mundo fenomênico, o mundo do nascimento e da morte. No mundo do nascimento e da morte, há a presença do nirvana. E finalmente, há a dimensão da ação, a função do reino, que é reinar, governar. A terra que Deus Pai governa. Como pode o povo viver nesta terra de maneira a ter paz, alegria e felicidade? Isto é ação. Seja qual for nossa tradição religiosa, quando rezamos nossa prioridade é chegar à dimensão última, à natureza ainda não nascida ou imorredoura da vida - isto é o reino de Deus, isto é Deus.

Quando praticamos a meditação andando ou tomamos uma refeição com mente alerta, queremos que o nirvana esteja presente, queremos que o nirvana venha a nós no momento atual. Os cristãos rezam, cantam salmos e hinos, recebem os sacramentos - tudo isto são orações dirigidas ao desejo Venha a nós o vosso reino, o desejo de que o reino de Deus esteja presente neste exato momento. Se formos capazes de trazer para a dimensão histórica a dimensão última, podemos viver as duas dimensões ao mesmo tempo. Não há razão de não podermos contactar a dimensão última enquanto vivemos na dimensão histórica.

Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu

A natureza não nascida e imorredoura do céu, a felicidade, solidez e a liberdade do céu não estão apenas na dimensão última, mas também na dimensão histórica. Graças às chaves dos Três Selos do Darma, somos capazes de ver que a solidez, a liberdade, o ainda não-nascido e o imorredouro não precisam ser procurados no nirvana, mas podem ser encontrados aqui no mundo do nascimento e da morte; assim na terra como no céu. No Vietnã, um discípulo perguntou a um mestre zen: "Onde devo procurar o ainda não-nascido e o imorredouro?" O mestre respondeu com muita clareza: "Você deve procurar o ainda não-nascido e o imorredouro precisamente no meio do nascimento e da morte". Você deve procurar a água na onda. Está muito claro. Por isso dizemos: "Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu". Este é o maior desejo que temos ao rezar.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje.

Outra maneira de traduzir é: "Dai-nos hoje nosso pão deste dia". Nosso pão deste dia não é o pão de todo dia, mas apenas o pão deste dia. A palavra hoje não é muito boa, mas as palavras deste dia são melhores. Esta frase é uma prática de confiança. Não precisamos pedir nossa comida para amanhã, para depois de amanhã, para o próximo mês e para os próximos anos. Precisamos apenas ter comida para o dia de hoje. Eu quero viver profundamente o momento atual. Isto se parece com o ensinamento de Buda no Coração do Prajnaparamita. "A forma é o vazio", diz Buda, mas isto não é o bastante em si, de modo que temos de acrescentar "... e o vazio é a forma", para então o ensinamento ser completo.

Em nossa vida diária temos muitas ansiedades. Temos nossos desejos e tendemos a querer acumular coisas. Não sabemos que o momento atual é o importante. A vida só pode existir no momento atual. Se nossa intenção é apenas investir no amanhã, então será fácil esquecer completamente as maravilhas da vida no momento atual. Temos de voltar ao momento atual para vivê-lo profunda e convenientemente. Temos de viver de tal forma que o reino de Deus esteja presente aqui e agora. Esta é uma oração que deve ser praticada vinte e quatro horas por dia, porque queremos viver o momento atual profundamente todos os segundos. As palavras da oração não devem ser ditas apenas antes de irmos dormir, devem ser recitadas ao longo de todo o dia.

Já temos condições suficientes para ser felizes hoje. Temos de rezar de tal forma que possamos estar em contato com as condições de felicidade que estão em nós e ao redor de nós. Elas estão todas ali, ao alcance. Não devemos ser gananciosos. Não devemos exigir que a vida continue por centenas e centenas de anos. Como pode a vida continuar por centenas de anos se neste momento atual não somos capazes de estar ativos? 


(Do livro “A energia da oração” – Thich Nhat Hanh)

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domingo, 3 de julho de 2011

Raja Yoga - Conexão com o Divino.



O mundo hoje é o reflexo de seres que perderam a alegria pela existência; existimos numa sociedade caótica que não é amiga do belo e do silêncio; toda espécie de excitantes dos sentidos físicos retiram o ser do foco interno e o lançam para o mundo das ilusões; fumo, drogas, alcool, música distoante, programas de tv sem nexo, grunhidos, palavras perdidas ao vento, agressões, sensualidade para todos os lados procurando inibir a expansão da consciência; perdeu-se, nos corações humanos, o respeito, o amor, a paciência, a compreensão; onde estarão? a realidade social hoje é atordoante para quem carrega em si as sementes das Estrelas; como é que as divindades de outrora se tornaram tão vis e profanas? onde estará o momento no qual o laço que as unia ao Divino se partiu? O Raja Yoga resgata a nossa pureza original, nos devolve a verdadeira identidade espiritual, nos retira das teias da Kali Yuga e nos lança para o sutil período da Confluência, onde permanecemos imersos no Único, ShivBaba, razão do nosso peregrinar pela Terra; já não somos mais, então, as águias feridas pelo mundo, somos as sementes da Nova Raça Humana que desponta no horizonte da civilização terrena, trazendo ao palco do velho mundo os novos padrões de conduta da Era Dourada.